17 de fev. de 2009

Princesas, príncipes e sapos...

Eu li um texto no blog Aninha, o LIBERDADE ILIMITADA que me fez pensar sobre um assunto que às vezes é tão clichê, mas que ainda causa muita polêmica e faz muita gente sofrer: O AMOR. Acontece que desde a mais terna infância, principalmente nós meninas, o sexo frágil, somos conduzidas a esperar pelo príncipe encantado. Foi assim com a Cinderela, com a Branca de Neve, com Rapunzel, com a Bela e assim por diante. Ganhamos fantasias de princesas e somos obrigadas a nos espelhar e nos comportar como tais. Todas elas tiveram um final feliz, e é com esse final feliz que nós sonhamos tanto. E às vezes, principalmente para nós, meras adolescentes, esse final está bem distante, mas nos cegamos e nos iludimos com qualquer príncipe bonitinho que aparece e aí pensamos que o final feliz chegou. O problema maior é quando acaba e percebemos que aquilo não era um final e muito menos feliz, aí o bicho pega. As lágrimas caem, o peito dói e a consciência tenta pensar em algo que poderia ter sido feito pra evitar tal sofrimento. Porque nós queremos nos casar, ter filhos, formar uma família linda e principalmente, ser feliz. Temos o triste hábito de acreditar que só seremos felizes de verdade quando encontrarmos alguém, quando tivermos alguém que completa as nossas frases e concorde com elas, mesmo não concordando. Alguém que suporte nossos chiliques e nos diga todos os dias que estamos mais lindas do que ontem. Queremos alguém que faça o estômago palpitar a cada beijo, alguém que nos faça o coração querer sair pela boca com um simples sorriso, mais do que isso. Queremos alguém que nos entenda e que esteja sempre disponível para limpar cada lágrima e nos fazer soltar um sorriso que às vezes insiste em se esconder. E é essa vontade louca que faz com que fiquemos cegas e iludidas com certas coisas. Esperamos alguém que nos complete e damos a alguém a responsabilidade de nos completar, o que é uma crueldade. Queremos alguém que encubra nossas imperfeições e acabamos esperando a perfeição desse alguém e nos esquecemos que perfeição e humanidade são palavras com sentidos completamente distintos. Ninguém tem a obrigação de nos completar e muito menos de ser a perfeição que esperamos. Ninguém merece ter que agradar sempre. Se eu pudesse dar só um conselho sobre o assunto, diria para as pessoas esperarem menos dos outros. É isso mesmo. Quando você espera pouco, percebe cada coisinha que antes não percebia. Qualquer pouquinho se torna muito. Quando se espera imperfeição é que se percebe a perfeição. E aí você vai ver que é aquele principezinho chocho, que vem num pangaré cansado que vai por algum tempo te completar. E se acabar, é porque tinha que acabar. E mesmo que dure muito tempo, não vai ser pra sempre. E é essa consciência que vai nos ajudar quando algum dia tudo acabar. E aí, bola pra frente, porque a vida é pra ser vivida. E o amor? Somos todos seus eternos escravos e aprendizes.

3 Mississipi:

Ana Carolina disse...

ADOREI a resposta pro meu texto amiiiiiiiga! você é foda ;) mto bom o texto (Y)

Akauã disse...

Não se deve achar que tudo é ilusão, isso pode te cegar.
Nem sempre os príncipes vem de outro reino...

Bruna Pedrosa disse...

Acho que só quem ama e não espera receber em dobro tudo aquilo que proporciona é que se sente feliz de verdade. Amor não é somar nem subtrair é compartilhar. Seu conselho serve para todas as situações. Não podemos esperar que os outros façam coisas que talvez nós mesmos não faríamos. Nada melhor do que se sentir no lugar do outro. Beeeijo, parabeens *-*